Culpa. É uma palavra que nos leva à mais profunda e terrível dos sentimentos de perda, horror, raiva e desespero. Por que fiz o que fiz? Por que não pude fazer mais ? Será que deturpei as minhas prioridades? Será que me acomodei à rotina do dia a dia? Se tivesse tido outra atitude, se apenas tivesse percebido antes. Se apenas estivesse um pouco mais atenta aos sinais. Se apenas tivesse escutado a minha intuição.
Debatemo-nos com tantos "se isto" ou "se aquilo"... Na verdade não podemos mudar o que fizemos e o que nao fizemos. Mas também não nos podemos culpar a nós próprios ou aos outros por aquilo que nos aconteceu.
Todos nós fazemos o que achamos certo no momento, usando o que sabiamos e sentiamos. Todos tentámos fazer o melhor que podiamos e se ficámos com a sensação de perda é simplesmente porque não podíamos fazer mais nada.
Todos nós somos seres humanos, com limitacões e falhas. Não sabemos tudo, por isso cometemos erros. Mas fazemos tudo com a melhor das intencões.
Mesmo que tenhamos errado e não tenhamos feito o que deveríamos, pelo menos aprendemos a enriquecer o nosso conhecimento, para não voltar a errar.
A nossa profunda capacidade de amar, dá-nos esperança no amanhã.
Não podemos criar sentimentos de revolta ou arranjar culpas a quem não as tem, nem tão pouco deixar de acreditar nas pessoas que sempre nos amaram. Não seria melhor reconhecer a realidade em vez de nos culparmos, pelo que deveriamos ou nao ter feito?
Criamos amor e afecto a um ser, a quem demos tudo o que podiamos; Demos carinho, passeámos, trocámos presentes, divertimo-nos, não dormimos nas noites de dificuldades. Olhavamo-nos nos olhos e naquele momento, ambos sabiamos que nos amávamos!
Tudo começou a mudar, apesar do esforço em resistir e em não querer vêr o que começava a ser óbvio.
Só faltava a coragem de dar o primeiro passo e recomeçar tudo de novo, sabendo que ninguem iria entender, simplesmente restava a dor de deixar aqueles olhos humidos de dôr para trás, mas consciente ser esse o caminho certo que conduziria à estabilidade emocional que tanto ansiava, mais tarde seria perceptivel que foi o melhor para todos, porque todos merecem ser felizes e a felicidade começa em cada um de nós. Se não formos felizes, não podemos dar felicidade.
É preciso perdoar e entender os outros, as sua atitudes e suas razões, sem culpa nem rancores.
Podemos sempre fazer a diferenca, mas somente se pararmos de odiar e resistir em admitir as verdadeiras razões de certas atitutes.
Não temos de nos culpar, simplesmente temos de reencontrar o nosso caminho e permitir dar a conhecer todo o amor que continua a existir dentro de nós e que há alguem que precisa dessa fonte inesgotavel de amar.
Talvez um dia fiquemos gratos, por alguem ter tido a coragem de perceber que a felicidade não vivia ali e tenha simplesmente ido á procura daquilo em que mais acreditava....
É bom lembrar que quem gostava de nós, continua a gostar muito e em situações de ruptura a mágoa atinge todos os que directa ou indirectamente estão envolvidos.
Basta não nos culparmos e confiarmos que temos um futuro brilhante à nossa espera, mas tudo isso....depende só de nós, nunca dos outros!
Gostei de vêr o Fábio na festa de Natal, estava lindo, destacava-se no meio dos colegas, era o único com um gorro azul de Pai Natal ....emocionei-me. 
