domingo, 25 de maio de 2008

Como vejo a vida... (1ªparte)

A vida é vivida de uma forma pouco consciente e isso faz com que não percamos muito tempo a pensar nela, o tempo urge a vida passa e começamos por nos aperceber, das nossas falhas e lamentar os nossos erros que só a experiência nos facilita a leitura dos mesmos.
Quando pensamos verdadeiramente nela e sentimos todo o seu peso e responsabilidade do que criámos e porque lutámos, sentimos que por ignorância, fastio ou preguiça, não temos a força necessária para prosseguir; Será a admissão irrefutável de que a Vida é detentora de um poder que nos avassala e ao qual temos de nos sujeitar, numa dormência patética de seres amorfos; será o grito latente da nossa indiferença perante situações, num constante voltar de costas, baseado num sentimento de pura impotência.
O não dito é matéria que nos dará pistas para analisar aqueles que a usam e o contexto político-social, económico e humano, em que se inserem. A verdade é que estamos a viver num mundo onde, mais do que nunca, preferimos ignorar o que sucede à nossa volta do que questionar e dar respostas.
Por isso mesmo é que culpar a Vida ou uma outra entidade abstracta, conferindo-lhes uma soberania contra a qual não temos hipótese de lutar, é atitude corrente e recorrente.
Temos o caminho facilitado e podemos descansar, com a noção de que não nos cabe a nós uma explicação, mesmo quando somos confrontados com questões que só a nós dizem respeito embora incompreensível e ilógica a nossos olhos, nos ilibará de todas as culpas.
A vida a Deus pertence, mas como seria a Vida e Deus sem a existência de seres que lhes conferem uma realidade?
Sinal de indiferença, impotência, inadequação. Sinal dos tempos que correm ou da maneira como corremos no tempo. Sinal de ignorância ou apenas indolência. Sinal de cansaço ou prerrogativa daqueles que já perderam a esperança de vir a mudar o status quo da sociedade em que vivem, continuaremos a ouvir essa expressão já tão gasta mas sempre oportuna...
Que se há-de fazer? É a vida!
Não concordo! Nem me conformo, se não é possivel mudar a sociedade onde vivemos, podemos sempre deixar de fazer parte dela...continuando a viver a vida sim, mas de uma forma mais pura, mais saudável e mais genuína....

Sem comentários: