terça-feira, 27 de novembro de 2007

Minha mãe


Que falta me faz mãe, nunca tinha percebido isso com a intensidade de agora, quando nos falta a nossa mãe falta-nos tudo...
Os filhos criam as suas asas e começam a voar, passam a ter uma visão da vida muito própria.
Restam os nossos companheiros que nos amparam e protegem das adversidadades.
Constatamos que vamos envelhecendo e tornamo-nos dispensáveis, é a realidade da vida!
A nossa felicidade, depende sem dúvida da felicidade dos nossos filhos...

Pensamento


No início, os filhos amam os pais. Depois de um certo tempo, passam a julgá-los. Raramente ou quase nunca os perdoam.

segunda-feira, 19 de novembro de 2007

Amor da minha vida

Sorte minha ter conhecido uma pessoa tão justa e humana, como só tu sabes sêr.
Amigo do teu amigo, mais que um pai para os meus filhos, honesto, sincero, companheiro dos bons e maus momentos.
Na verdade és o meu grande apoio. Contigo nunca me sinto perdida, pelo contrário sinto-me protegida contra tudo e contra todos. Espero merecer a tua dedicação e carinho até ao fim da minha vida.
Um beijo de quem te ama e admira!
Tua para sempre....

sábado, 10 de novembro de 2007

A vida é um poema...


Voltou-se e mirou-a como se fosse pela última vez, como quem repete um gesto imemorialmente irremediável. No íntimo, preferia não tê-lo feito; mas ao chegar à porta sentiu que nada poderia evitar a reincidência daquela cena tantas vezes contada na história do amor, que é história do mundo.
Ela o olhava com um olhar intenso onde existia uma incompreensão e um apelo, como a pedir-lhe, que não fosse e que não deixasse de ir. Viu-a assim por um lapso, em sua beleza morena, real mas já se distanciando na penumbra ambiente que era para ele como a luz da memória. Quis emprestar tom natural ao olhar que lhe dava, mas em vão, pois sentia todo o seu ser evaporar-se em direção a ela.
Mais tarde lembrar-se-ia não recordar nenhuma cor naquele instante de separação, lembrar-se-ia haver-se dito que a ausência de cores é completa em todos os instantes de separação.
Seus olhares fulguraram por um instante um contra o outro, depois se acariciaram ternamente e, finalmente, se disseram que não havia nada a fazer.
Disse-lhe adeus com doçura, virou-se e cerrou, de golpe, a porta sobre si mesmo numa tentativa de encerrar aqueles dois mundos que eram ele e ela. Sem se poder mover do lugar, sentindo o pranto formar-se muito longe em seu íntimo e subir em busca de espaço, como um rio que nasce.
Fechou os olhos, tentando adiantar-se à agonia do momento, mas o fato de sabê-la ali ao lado, e dele separada por imperativos categóricos de suas vidas.
Tentou imaginá-la em sua dolorosa mudez, já envolta em seu espaço próprio, perdida em suas cogitações próprias - um ser desligado dele pelo limite existente entre todas as coisas criadas. De súbito, sentindo que ia explodir em lágrimas, correu para a rua e pôs-se a andar sem saber para onde… (Vinícius de Moraes)